"Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação.” (Perrenoud)

O uso das tecnologias da informação e comunicação na educação  tem provocado questionamentos dos métodos e práticas educacionais; sabe-se que já não é mais possível deixar de incluir os cidadãos no mundo virtual/digital sob pena de excluí-los da sociedade contemporânea.

Integrar a escola à vida implica em mudanças significativas de paradigmas e, consequentemente, em mudanças de práticas pedagógicas. Contudo, isso não é possível sem uma política pública de educação que tenha como meta principal a formação contínua do profissional de educação, possibilitando o desenvolvimento de determinadas  competências e habilidades que impliquem na construção de um novo pensar e olhar o mundo do conhecimento sistematizado,  representado pela escola.

Pesquisas da UNESCO revelam um percentual considerável de professores de ensino fundamental e médio no Brasil  que nunca usaram o correio eletrônico, ou fizeram pesquisa na internet. Observando o problema  apenas  na perspectiva do acesso aos artefatos,  concluiríamos que essa integração não está tão distante, uma vez que, algumas políticas educacionais já colocam esses equipamentos dentro da escola, entretanto, como diz a socióloga Inês Aguerrondo, em entrevista a revista Nova Escola, março 2004, "uma coisa é o artefato tecnológico: o computador, o vídeo etc. A outra é o pensamento tecnológico que requer o artefato, mas existe de modo independente. O pensamento tecnológico é a capacidade de pensar um problema, delineá-lo, armar um projeto para resolvê-lo, buscar os materiais necessários e conseguir solucioná-lo. O fundamental no sistema  educativo é desenvolver o pensamento tecnológico, para aplicar o conhecimento na prática. Não é simplesmente por ter um computador que a escola e as aulas deixam de ser ultrapassadas." Para tanto, é fundamental que o educador esteja suficientemente motivado e tenha a formação necessária para conduzir o processo de ensino e aprendizagem, socializando com seus alunos, ensinando e aprendendo com eles.  

Assim, esperamos contribuir qualitativamente para o desenvolvimento do perfil desse profissional de educação requerido pelo contexto atual.